DESABAFO DE UM LEITOR

Meu nome é Leonard Nunes de Lima estagiário do 9º período de direito OAB/MG 37.158E, tendo como pai o Sr Inary Leonardo Lima de 73 anos de idade, hipertenso, diabético, portador de HPB (Hiperplasia prostática benigna), usando sonda vesical.

Ocorre que meu pai ao fazer sua ginástica diária no dia 08/01/2014 aproximadamente 6h30 em uma praça do via colégio onde tem aparelhos de ginásticas para a população, veio a cair de um deles de costas, batendo a cabeça. Ao chegar em casa com fortes dores, resolvemos levá-lo ao hospital São João de Deus, para fazer um raio X do tórax bem como verificar a pancada na cabeça.

Na chegada fui informado que tinha raio x, porém, não tinha nenhum ortopedista para atender, e me aconselharam levá-lo ao PA São Benedito.

Imediatamente nós deslocamos até o PA, ao fazer a ficha o atendente informou que teria que passar por um clínico cirurgião para fazer o pedido de um raio X, e que não tinha nenhuma previsão de chegada do médico visto o mesmo se encontrava em horário de almoço.

Eu indaguei se um ortopedista não poderia fazer tal pedido, e fui informado que não, pois ortopedista só encaminha supostas fraturas sendo elas de membros inferiores e superiores (pernas e braços).

Mediante a informação vaga de atendimento visto que não havia nenhuma previsão de atendimento e verificando a dor intensa do meu pai, imediatamente o levei até o Risoleta Neves, em BH.

Chegamos por volta de 14h e as 14h29 fizemos a triagem, esperamos em média 1 hora e 30 minutos e não aconteceu atendimento, foi então que me dirigi a ouvidoria do hospital questionando a demora de um atendimento de um idoso de 74 anos, com HPB, sonda urinária, diabetes e hipertensão.

Fizeram o pedido de prioridade, e posterior a 25 minutos fomos atendidos. Ao entrar colocaram meu pai no soro com dipirona, e encaminharam para o raio x as 16h.

Posterior ao raio x, deixaram ele na sala de espera do bloco de atendimento até umas 19h e encaminharam ele para a tomografia, assim aconteceu e voltaram ele novamente para a sala de espera, ficando sem nenhum atendimento até as 22h.

Foi quando entrei em contato com a chefe de enfermagem sendo tratado de forma hostil, fui ao serviço social do hospital onde pedi a retirada do soro que iríamos embora por causa da inércia do atendimento, indagando com um senhor da administração que ele era idoso e tinha prioridade de atendimento e escuto que ninguém naquele hospital tem prioridade, (rasguemos o estatuto do idoso) saímos do hospital sem qualquer notícias no que tange o raio x, e com o resultado positivo da tomografia.

Ao levantar pela manhã o levei ao PA de São Benedito novamente chego ao local com uma fila que saía da porta, pergunto antes se tinha ortopedista para que eu não enfrentasse fila desnecessariamente, fui informado que sim, fiz a ficha depois de alguns minutos na fila, e ao fazer a triagem fui informado que não tinha ortopedista, ou seja, me fizeram esperar mais de uma hora por um erro de informação. Escutei inclusive ao chegar uma emergência, um funcionário homem, chegando até a sala de espera e informando a mais de 50 pessoas que devido ao atendimento de urgência que acabara de chegar, não haveria mais nenhum atendimento, ou seja, todas as mais de 50 pessoas ficaram sem atendimento,

Fui até o São João de Deus para realizar a consulta do raio x.

Conclusão:

Funcionários descapacitados para a função de atendimento de saúde de um município pobre politicamente, onde não tem infraestrutura de atendimento populacional.
Hospitais sem médicos para atendimento em um Pronto Atendimento, onde diga-se de passagem, atende urgências.

Funcionários que pelo cargo estatutário sequer medem esforços para um atendimento humanitário, por saberem de sua estabilidade. Sem delongas tenho várias outras reclamações pertinentes que não caberão nesta reportagem.

Políticos incompetentes  que demonstram através dos atendimentos que não estão exercendo com dignidade e respeito o pleito que lhes foram incumbidos.

Isso sem contar com as inúmeras percas de formulários em postos de saúde por incompetência logística dos postos, levando pacientes a perderem seu tempo e consequentemente suas saúdes em detrimento de um atendimento patético em que a prefeitura de Santa Luzia se omite em fiscalizar.

Por fim destaco, Sr prefeito e Sr secretário de Saúde da cidade de Santa Luzia, ora, meros subordinados da população, se digne ao menos de uma resposta satisfatória aos eleitores que hoje tem a infelicidade de tê-los como representantes, pois os mesmos, elegeram vossas senhorias para trabalhar em prol deles, e o mínimo que a população espera é respeito, caso contrário não peça respeito a população pois você recebe o que você dá.

Estou a pleno dispor para, se acharem ser eu merecedor, uma conversa ao vivo, ou deixarão mais uma vez o vosso atestado de desrespeito e soberba com um cidadão.

Vejamos a atitude de nossos representantes agora…