SECRETÁRIO DE SAÚDE FALA SOBRE PRODUTOS QUE AINDA NÃO VENCERAM
|RODRIGO GAZETO AFIRMA QUE DIFICILMENTE CONSEGUIRÁ DAR DESTINAÇÃO FINAL PARA MILHARES DE FRASCOS DE ÁLCOOL EM GEL, ADQUIRIDOS PELAS GESTÕES PASSADAS
Produtos vencem em agosto
Recentemente a nossa reportagem trouxe a informação sobre a conclusão do laudo da perícia da Polícia Civil, realizada nas dependências da prefeitura de Santa Luzia.
Os exames periciais constataram que diversos remédios, equipamentos, utensílios médicos que estavam amontoados, em locais inapropriados, com infiltrações, como se estivessem em um “bota-fora”.
Naquela oportunidade, a nossa reportagem questionou a não inclusão de dois itens que estavam no almoxarifado: o álcool em gel e jalecos de TNT. A Polícia Civil, no entanto, nos informou que os itens não entraram na perícia porque não estão vencidos.
Por conta disso, essa semana retornamos à prefeitura, e fomos até o local onde os materiais seguem armazenados. O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Gazeto nos acompanhou e garantiu que a pasta tem feito uso dos jalecos de TNT e que vai tentar dar uma destinação para o álcool gel, prestes a vencer em agosto. “Os capotes estão sendo usados, como EPI, por conta dessa síndrome respiratória aguda e o álcool a gente tá tentando distribuí-los no maior número de equipamentos para que ele não se perca. Temos um prazo de dois meses, vamos ver se conseguimos reutilizar essa quantidade absurda de álcool. Acho pouco provável, mas a gente vai tentar pra não desperdiçar”, disse o secretário. Gazeto disse ainda que se os produtos vencerem, vai tentar incluí-los no inquérito da Polícia Civil.
O laudo da PC apontou que entre os milhares de materiais periciados estão:
Diversos aparelhos para medição de glicose, 120 mil toucas descartáveis, 17 mil agulhas diversas, 12 mil tiras reativas, 9 mil cateteres para infusão, 7.450 seringas, 3 mil lâminas de bisturi, 1.300 sondas, entre outros.
De acordo com o Delegado Titular da 2ª Delegacia de Polícia de Santa Luzia, Dr. Fábio Gabrich, a pena para quem comete peculato (crime contra a administração pública, cometido por um funcionário público) é de 2 a 12 anos de prisão. Ele afirmou, ainda, que as investigações continuam.