CRISE NA SAÚDE – PREFEITO INSTITUI COMISSÃO ESPECIAL

Comissão composta por servidores comissionados vai apurar a gestão de recursos

Foi publicado no Diário Oficial, na última sexta-feira (12/9), o Decreto Nº 4.606, assinado pelo prefeito, Paulo Bigodinho, que institui a Comissão Especial com a finalidade de apurar a gestão de recursos, registros documentais e a conduta de profissionais nas unidades de pronto atendimento do Município.

A Comissão Especial será integrada por seis servidores comissionados:

Magda Carolina Cardoso Amaral, Presidente;

Isabelle Maria Gomes Fagundes de Sá, Vice-presidente;

e os membros: Breno Starli, Andrew Silva Les, Marcos Paulo Alves Barbosa e Charles Franz de Oliveira Lopez.

De acordo com o Decreto, as reuniões ocorrerão conforme convocação e formalização da Presidência. A formalização da convocação poderá ocorrer por qualquer meio hábil de comunicação, inclusive de forma eletrônica, para todos os integrantes. Faculta-se realização das reuniões de forma virtual, para fins de maior agilidade dos trabalhos.

Havendo necessidade de entrega e análise de documentos físicos, ou colheita de depoimentos, a reunião ocorrerá de forma presencial, com prévia notificação dos membros e indicação do local. A Comissão Especial poderá requisitar informações, documentos e comparecimento presencial às reuniões.

VEREADORES “DE FORA”

Ainda na sexta-feira, conversamos com dois, dos quatro vereadores que retiraram as assinaturas, para a instalação da CPI, e eles afirmaram que um dos motivos para a retirada das assinaturas, seria a promessa do prefeito, de que três vereadores participariam da comissão. Mas, após a publicação do Decreto, não consta nenhum nome de vereador.

A comissão foi instituída depois que foi lido um ofício, na reunião da terça-feira, na Câmara, quando o médico Dr. Jonathan Tibúrcio, RT, informou à comissão de saúde como é realizada a conferência da folha de ponto dos médicos. Alguns parlamentares, no entanto, questionaram a Comissão de Saúde, já que no entendimento deles, a comissão apurou, de forma “superficial”, a denúncia recebida pelo vereador Junin do Lau, de uma suposta “rachadinha” entre médicos nos plantões.

A nossa reportagem conversou com o vereador e também com o médico RT, Dr. Jonathan que falaram sobre a denúncia. Já na quinta-feira (11/9), vereadores foram até ao Hospital Municipal Madalena Parrillo Calixto, depois que receberam denúncias de que prontuários médicos e folhas de ponto estavam sendo retirados da unidade e colocados em uma Kombi que estava estacionada na área externa.

Rapidamente, o prefeito, o vice e alguns secretários se reuniram, às pressas, com alguns vereadores que estavam no hospital. Um Boletim de Ocorrência foi registrado.

Ainda naquela quinta-feira, conversamos com o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Gazeto que estava em Diamantina. Ele nos afirmou que quer que tudo seja apurado. “Porque sou a pessoa atingida diretamente. Prezo pela minha imagem, sou uma pessoa idônea. Estou sendo acusado de uma coisa que não tenho culpa”, disse Gazeto.

TENTATIVA DE INSTALAÇÃO DE CPI

Antes do ocorrido no hospital, vários vereadores já articulavam, pela manhã, a abertura de uma CPI para investigar as possíveis irregularidades na pasta da saúde. De acordo com a nossa apuração, 11, dos 21 vereadores teriam aceitado assinar o documento.

Na sexta-feira (12), foi protocolodo, na Câmara, um requerimento com o número de assinaturas suficientes para a abertura da CPI, mas, quatro vereadores pediram para retirar as assinaturas: Bruno Figueiredo, Paulo Cabeçao, Paulo Pretão e Tupã do Projeto. Com as retiradas das assinaturas, não houve número mínimo (7 vereadores), um terço, conforme prevê o Regimento Interno da Câmara.

Mantiveram as assinaturas: Suzane Almada, André Leite, Fernando de Ariston, Junin do Lau, Nandinho.

 

Fotos: Ramon Damásio/VN

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