ARTISTA DE SANTA LUZIA FAZ APRESENTAÇÕES NA CAPITAL MINEIRA

“PRA FALAR DE SAUDADES” ESTREIA EM BH COM TRÊS APRESENTAÇÕES GRATUITAS

Entre café, cantigas e memórias, o espetáculo “Pra Falar de Saudades”, de Tchely Baquara, estreia em Belo Horizonte com três apresentações gratuitas, circulando por diferentes territórios da cidade. A primeira acontece nesta sexta-feira (12), às 19h30, na Casa Bantu (Concórdia), já no dia 19 de dezembro, às 19h30, na Parceria Tomás Educação, no Alto Vera Cruz, e no dia 21 de dezembro, às 18h, na Guarda de Congo Feminina, no bairro Aparecida.
Assinando direção, dramaturgia e atuação, Tchely Baquara – que é de Santa Luzia – retorna aos palcos com uma criação profundamente ligada à memória, à oralidade e à cultura popular mineira, propondo um encontro afetuoso entre artista e público.
Em cena, Tchely interpreta Seu Chico, personagem sábio e generoso, atravessado por lembranças, fé e humor, que recebe o público para um café e uma boa prosa. É nesse gesto simples que se abrem os caminhos para os causos do interior de Minas Gerais — histórias de rio, terra, saudade e tempo, tecidas nas delicadezas do cotidiano e nas marcas que a vida inscreve no corpo e na voz.
Acompanhade pelos músicos Marayô D’Aya e Matheus Ribeiro, o espetáculo integra música ao vivo à narrativa, transitando por modas de viola, sanfona e cantigas populares. A trilha recria o ambiente das festas, terreiros e varandas do interior, onde a palavra vira música e a música se transforma em reza. As referências à cultura caipira, à ancestralidade e ao cancioneiro popular se cruzam com memórias de infância, sabores da gastronomia mineira e o ritual do café compartilhado, compondo um espetáculo íntimo, sensível e atemporal.
“Pra Falar de Saudades” também dialoga com a linguagem da máscara, trazendo à cena um corpo que se transforma e atravessa tempos, memórias e presenças. O trabalho se aproxima do circo, do teatro popular e do sagrado, evocando as vozes dos velhos mestres e das entidades que habitam as margens do Rio das Velhas, em um tributo às forças ancestrais que alimentam a arte e a vida.

Fotos: Divulgação

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