Moradores da Izidora permanecem acampados em frente à prefeitura

Depois de caminharem cerca de 13 km, nessa segunda-feira, (3), em direção à Prefeitura de Santa Luzia, cerca de 200 moradores da região do Izidora, localizada em Belo Horizonte, estão acampadas em frente a sede da administração municipal.

Nesta terça (4), uma da líderes do movimento, Charlene Egídio, fez uso da palavra na tribuna da Câmara Municipal, durante reunião na Casa. Na oportunidade ela relatou o motivo da manifestação. “Este é o maior conflito fundiário da América Latina. São oito mil famílias, cerca de 30 mil pessoas. Nas três ocupações do Izidora tem luziense morando. Precisamos resolver o conflito das famílias que moram na parte do terreno que pertence à Santa Luzia”, disse.

Documento protocolizado pelos líderes damanifestação
Documento protocolizado pelos líderes da manifestação

Por volta das 15h de hoje, nossa reportagem esteve em frente à prefeitura, onde acompanhamos a movimentação no local. Dois vereadores também se fizeram presente e, após ouvir as reivindicações da líder do movimento, tentaram ser recebidos pela prefeita de Santa Luzia.

Em nota, a prefeitura informou que solicitou aos representantes do movimento, na última quinta (29/9), um documento com as reivindicações e que o mesmo só foi protocolado na data de hoje. O executivo afirmou ainda que não tem responsabilidades com a ocupação que está localizada na capital e que após análise dos termos apresentados, irá se pronunciar, através de documento formal, em até 15 dias úteis.

Nota emitida pela Prefeitura de Santa Luzia
Nota emitida pela Prefeitura de Santa Luzia

REINTEGRAÇÃO DE POSSE

Por 18 votos a 1, os desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) rejeitaram na última quarta-feira, (28), o pedido de mandado de segurança feito pelas ocupações da região da Izidora que solicitava o impedimento da reintegração de posse do local. 

Desta forma, a Polícia Militar está autorizada a cumprir a reintegração de posse do terreno onde vivem aproximadamente 8 mil famílias das ocupações Rosa Leão, Vitória e Esperança, na Região Norte de Belo Horizonte, limite com Santa Luzia. Os advogados dos moradores afirmam que vão recorrer da decisão.

 

 

 

 

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