MOVE: O descaso continua

Sistema de transporte coletivo está longe de ser eficaz e atender à população como prometido

Marisa Carneiro é moradora do bairro Baronesa. Em 2013, cansada do descaso das autoridades com relação ao transporte público coletivo, saiu de porta em porta no bairro e recolheu várias assinaturas em um abaixo assinado. No documento consta o pedido de implantação de novas linhas de ônibus, além de mais horários das linhas atuais. De posse do abaixo assinado, ela começou a peregrinação em vários órgãos do estado, além da prefeitura de Santa Luzia.

Meses depois, Marisa obteve resposta apenas do Departamento de Estradas de Rodagem (DER – MG), que, por sua vez, transferiu a responsabilidade para a Secretaria Estadual de Transporte e Obras Públicas (SETOP). Já a prefeitura de Santa Luzia não se manifestou.

Nesta sexta-feira (27), Marisa esteve na rádio Autêntica FM 106,7 – em Belo Horizonte. Acompanhada do morador do bairro Belo Vale, Eduardo Moreira, ela participou do programa “Variedades”, apresentado pelo jornalista Ramon Damásio.

moradores - MOVE

Os moradores lamentaram, mais uma vez, o descaso das autoridades, denunciaram a escassez de horários dos coletivos, como também a precariedade da estação improvisada no Conjunto Cristina e a demora das linhas alimentadoras. “Chego a ficar por mais de quarenta minutos esperando pelo ônibus naquela estação para embarcar. O transporte público é uma vergonha”, disse Marisa.

Eduardo também cobrou atitude por parte do governo estadual e da prefeitura de Santa Luzia. O morador lembrou ainda a dificuldade de embarcar e desembarcar na estação no centro da capital e também em Santa Luzia. “A gente é desrespeitado a todo momento. O tempo de espera na chamada estação, no Cristina, é de quarenta e cinco minutos. A Rodap retira o menor número de carros na garagem dela pra atender ao maior número de passageiros. Uma atitude covarde”, disse.

 

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