Pela primeira vez na história, Polícia Civil tem mulheres na direção do Detran e no IML
|Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, comemorado no próximo domingo (8), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) passa a contar, pela primeira vez na história do Estado, com duas mulheres à frente de órgãos estratégicos para a instituição e que prestam serviços imprescindíveis para o cidadão: a delegada geral Andrea Vacchiano assume a direção do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG) e a médica legista Lena Tereza de Melo Lapertosa é a nova diretora do Instituto Médico Legal (IML).
Quando assumir oficialmente a direção do Detran/MG, no próximo dia 11, a delegada geral Andréa Vacchiano se tornará a principal autoridade de trânsito do Estado, já que a legislação assegura ao órgão, entre várias outras atribuições, o licenciamento de veículos e a formação e habilitação de motoristas. Já Lena Lapertosa, nomeada para a direção do IML no final de fevereiro, era a chefe da Seção de Perícias há cinco anos.
Para Andréa Vacchiano, ser a primeira diretora do Detran é um desafio. “O Departamento de Trânsito é de extrema importância na minha vida profissional, conheço as potencialidades e problemas. Sei que podemos atender o cidadão com excelência, mas temos que melhorar cada vez mais ”, afirma.
Mudanças
Ouvir e servir o cidadão, para a diretora, é prioridade. Para Andréa, o mais importante é que o cidadão fique satisfeito ao procurar o Detran. “Desejo que pedestres e motoristas sejam bem informados sobre prevenção de acidentes e regras de trânsito. A esperança é que, com mais informação, nos tornemos mais conscientes e responsáveis no trânsito”, destaca.
Sobre a presença feminina na PCMG, Andréa acredita ser um aspecto altamente positivo. “A Polícia Civil é uma polícia judiciária, investigativa, com responsabilidades legais e regramentos específicos, por isso o olhar mais detalhista das mulheres, o cuidado e a delicadeza no exercício dessas funções só trazem benefícios. Atualmente, no Detran, há cerca de 800 servidores. Destes, mais de um terço são mulheres, que estudaram, fizeram concursos e foram aprovadas, por isto ocupam o lugar em que estão, porque fizeram por merecer”, finaliza.
Respaldo
A nomeação para o cargo de diretora do IML deixou Lena Lapertosa satisfeita e honrada. “O respaldo da maioria dos colegas do Instituto me deixa lisonjeada. Pretendo fazer uma gestão transparente e eficaz e, com ela, representar e homenagear as grandes mulheres que já passaram pelo IML-BH”, ressalta.
A sequência do projeto que já melhorou e agilizou o atendimento ao público é uma das prioridades da nova direção, que pretende também ampliar o nível de informação da sociedade quanto aos serviços prestados pelo instituto que, ao contrário do que muita gente pensa, tem cerca de 75% dos seus exames feitos não em mortos, mas sim em vivos.
Lena Lapertosa enfatiza que a crescente participação das mulheres no mercado de trabalho, fenômeno observado a partir da metade do século passado, inaugurou um novo tipo de convivência e de atitude pelo afloramento de características mais demarcadas no comportamento feminino. “A dedicação, a organização e o respeito aos pares, além de um acolhimento maior aos colegas de trabalho, a meu ver, são traços não exclusivos, porém mais marcantes na personalidade feminina, que tornam o ambiente de trabalho mais ameno e produtivo. Assim aconteceu também nos quadros de nossa Polícia Civil”, finaliza.