POSSÍVEIS FALHAS NO CONCURSO DA GUARDA MUNICIPAL
|Candidatos denunciam falhas
Nesse domingo (22), foi realizado o concurso público para a Guarda Civil Municipal de Santa Luzia. De acordo com a Prefeitura de Santa Luzia, o concurso – realizado pelo INDEPAC – abriu 199 vagas sendo que 56 são destinadas para cadastro reserva. As vagas são para GCM masculino, GCM feminino e pessoas com deficiências.
Alguns candidatos entraram em contato com a nossa reportagem alegando que foram prejudicados por conta de “atitudes suspeitas” e desorganização. Na Escola Estadual Raul Teixeira da Costa Sobrinho, no Conjunto Cristina, um candidato afirmou que desconfiou do diálogo entre um outro candidato e uma pessoa que aplicava a prova, quando o concorrente entregou a prova. “Observei que a conversa estava longa, os dois cochichando. Cheguei e perguntei o que estava acontecendo. Neste momento, vi que o candidato anotou o número do CPF dele na folha da prova de redação, a pedido da aplicadora da prova, o que não é permitido, de acordo com o edital”.
Já na Escola Estadual Pres. Itamar Franco, um candidato registrou em vídeo, o momento em que um Guarda Civil Municipal, acompanhado de uma senhora que seria fiscal, saiu com as provas e as guardou em um veículo de passeio. “Achei muito estranho as provas sendo levadas por um Guarda Municipal para a sede da GCM e resolvi filmar”, disse. Entramos em contato com o Guarda Civil Municipal que aparece nas imagens e ele nos confirmou que, de fato, todas as provas do concurso seriam levadas para a sede administrativa da Guarda, na parte baixa de Santa Luzia.
Outra situação que consta em um Boletim de Ocorrência (BO), ocorreu na Escola Estadual Geraldo Teixeira da Costa. Um candidato procurou a 150ª Cia da PM para registrar o ocorrido. De acordo com o BO, “a aplicadora da prova na sala 2, encontrava-se alterada de suas capacidades psicomotoras, demonstrando descontrole emocional, não sabendo os horários prescritos no edital”, por conta disso, os candidatos que estavam na referida sala, saíram bem antes da previsão do término da prova. Ainda de acordo com o BO, foi feito contato com o coordenador dos aplicadores da prova do concurso, que foi até a sala e constatou que a responsável por aplicar a prova “se confundiu quanto ao horário e conversava sozinha, durante a realização da prova”. O coordenador do concurso não permitiu que o envelope onde estavam as provas fosse aberto para constar em ata, o ocorrido.
A nossa reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Santa Luzia que ainda não respondeu aos questionamentos, relacionados às possíveis falhas no concurso.