CRIME EM JABÓ – PC CONCLUI INQUÉRITO

Foi concluído pela Polícia Civil (PCMG) o inquérito que apurou a morte de Agostinho Dias de Assis, 66 anos, caseiro em um condomínio de Jaboticatubas. O homicídio ocorreu em maio, e o corpo foi enterrado em cova rasa em uma construção. Conhecido da vítima há quase duas décadas, Ademir Rodrigues, de 38 anos, foi indiciado e encontra-se no sistema prisional.
As investigações foram conduzidas pela Delegacia de Polícia em Jaboticatubas. De acordo com o delegado José Thomaz de Souza Junior, que concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (8/7), em Santa Luzia, a última mensagem postada pelo caseiro foi em 9 de maio, e o corpo foi localizado no fim do mês, no dia 30, em um imóvel em obras ao lado do condomínio no qual a vítima trabalhou por dez anos.
“Segundo a perícia, a cova foi de 30 centímetros apenas, onde seria feito o contrapiso, no interior da residência. Ao passar do tempo, houve o cheiro do estágio de decomposição do corpo da vítima, e a PM foi acionada. Nesse ínterim, Ademir foi ao local algumas vezes. Em uma delas, ele entrou com chinelo e saiu usando uma bota, o que chamou a atenção de funcionários”.

DINÂMICA

O delegado José Thomaz informou que, após a notícia do homicídio, o suspeito procurou uma delegacia em Belo Horizonte e confessou os fatos. Segundo relatado pelo investigado, o crime ocorreu após um desentendimento, motivado pelo fato de a vítima estar dizendo na região que mantinha uma relação com ele. “Em função disso, foi tomar satisfação e daí desencadeou uma discussão que teve como consequência a morte”.
No entanto, o delegado pontuou que as apurações indicam outra motivação para a briga. “Possivelmente, o que mais evidencia os fatos é que o suspeito, usuário de droga, estava cometendo alguns furtos contra vítima, que foi questioná-lo no dia dos fatos, ocasionando a discussão. E Ademir estrangulou Agostinho, segundo ele, com as próprias mãos, o arrastou nas proximidades e enterrou o corpo numa casa em construção ao lado”.
No curso do inquérito, a PC representou pela prisão preventiva do suspeito, medida deferida pela Justiça em 25 de junho. Quatro dias após, Ademir foi detido pela PM quando estava internado em uma unidade de saúde em BH.

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