VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE BH INTERDITA LOCAL UTILIZADO POR LABORATÓRIO QUE PRESTA SERVIÇO PARA SANTA LUZIA

A Prefeitura de Belo Horizonte interditou nessa sexta-feira (3/10) um local que era utilizado pelo laboratório Labicon que presta serviços para a prefeitura de Santa Luzia. De acordo com a administração municipal da capital, a equipe da Vigilância Sanitária (VISA) interditou o estabelecimento que fica no bairro Santa Branca, porque o local não possui Alvará Sanitário.

A nossa reportagem apurou que o imóvel teria sido cedido, provisoriamente, pela empresa Bioclin como “ponto de apoio”, e que as amostras eram armazenadas sob refrigeração e enviadas no mesmo dia para análise em Contagem.

Em nota, o Laboratório Labicon informou que o espaço interditado não realizava exames nem armazenava material biológico. “Tratava-se de um ponto de apoio administrativo e exclusivo para logística, usado para organização do transporte de amostras até a matriz, em Contagem. Apesar de não haver qualquer irregularidade durante a visita, a presença de um equipamento destinado ao futuro posto de coleta em Santa Luzia levou à interdição de forma cautelar. É fundamental esclarecer que a empresa BIOCLIN não possui qualquer tipo de envolvimento com este caso, sendo citada de forma indevida”, diz a nota.

O laboratório afirmou ainda que “o processo de regularização do posto de coleta em Santa Luzia já está em andamento desde agosto, com protocolo de projeto e pedido de alvará. Em quase três décadas de atuação, esta é a primeira vez que o Labicon enfrenta situação semelhante, não havendo histórico de irregularidades”.

Já a prefeitura de Santa Luzia informou que “está acompanhando de forma rigorosa o caso envolvendo a interdição cautelar de um espaço utilizado como base administrativa de um laboratório que presta serviços ao município. A Prefeitura reforça que a instalação do posto de coleta laboratorial em Santa Luzia já está em processo de regularização junto à Vigilância Sanitária Municipal, seguindo todas as exigências legais e sanitárias vigentes. A Secretaria de Saúde segue acompanhando o caso para garantir a continuidade e a segurança dos serviços prestados à população luziense”.

DENÚNCIAS

Na quinta-feira (2/10), os vereadores de Santa Luzia, Nandinho e Fernando de Ariston estiveram no local, depois que receberam denúncias de que os materiais coletados nas Unidades Básicas de Saúde estavam sendo levados para BH e manipulados de forma irregular, em um local, espécie de galpão. Os parlamentares tiveram acesso ao interior do local e foram informados de que ali, era apenas o “ponto de apoio”. Ainda na tarde de quinta-feira, o local foi visitado por uma equipe da Regional Pampulha.

O Laboratório Labicon presta serviços para o município de Santa Luzia, por meio do CISREC – Consórcio Intermunicipal  de Saúde  e de Políticas de Desenvolvimento da Região do Calcário.

No contrato, consta, entre outras cláusulas, que o contratado – no caso o laboratório – tem que “Dispor de instalações e equipamentos com condições sanitárias adequadas para a realização dos procedimentos objeto desta contratação”.

APÓS A LIVE ( Assista aqui! )

Uma pessoa que trabalha no laboratório e que não será identificada, entrou em contato com a nossa reportagem, após a live que transmitimos com os vereadores Fernando de Ariston e Nandinho, nessa sexta, e afirmou que as amostras eram centrifugadas para não perder a estabilidade para assim, fazer os transportes para Contagem. “Em relação às amostras, garanto que não tinha nada errado”. Mas, a pessoa relatou como eram as condições de trabalho, no local. “Lá no Santa Branca, ficávamos num calor absurdo. Na distribuição, não tínhamos uma pia para mexer nas amostras de urina, o que seria o básico. Também não tinha um ar-condicionado. Não tínhamos nem água para beber, colocaram um bebedouro recentemente, mas todos os funcionários estavam passando mal por conta da água”, disse.

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