AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTE IMPLANTAÇÃO DO MOVE EM SANTA LUZIA

Para debater o transporte público coletivo entre o município de Santa Luzia e Belo Horizonte, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, realizou uma audiência pública  na noite da quarta, (28), no bairro São Benedito.
A audiência pública contou com a presença de representantes da comunidade, da Prefeitura, da BHTrans, do DER, organizadores da ALMG e alguns vereadores de Santa Luzia.
O autor do requerimento que provocou a realização da audiência, Deputado Elismar Prado, iniciou pelas alterações dos pontos finais das linhas de ônibus Cristina A (4200), Cristina B (4200), e Cristina C (4210), e da implantação da estação provisória de embarque e desembarque, etapa para proporcionar um transporte digno aos usuários.
O ex-vereador Denilson Martins falou sobre os motivos da cobrança, considerando a população desta cidade abandonada pelo DER, lamentavelmente, pela falta de gestão que exija da Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop) a melhoria da malha viária da cidade. “Retiraram linhas sem avisar à população, não houve a divulgação de uma planilha de custos para a alteração, e à noite, não tem ônibus, não tem táxi, e o Move agora chega, para prejudicar. Não houve redução da tarifa, houve a redução de rotas, e não houve aumento da frota.

Anderson Rogério da Rocha, representante da comunidade do bairro Cristina C, acrescentou que na calada da noite estão tirando os ônibus, e João Bosco Alves Dias, professor, afirma que não só aqui, mas em Belo Horizonte também as pessoas estão desorientadas e questionando a respeito do BRT Move. Dias critica a estação provisória que está sendo construída: “mesmo sendo provisória, é muito pequena, uma população de mais de 100 mil habitantes, a estação não vai suportar”. Questionou Dias ainda se o transporte será para outra estação e falou do tratamento aos idosos, deficientes físicos, e a respeito das linhas que levam à área hospitalar de Belo Horizonte.
Francisco Gabrich, presidente da 100ª. Subseção da OAB/MG considera deficitário há muitos anos o transporte coletivo, comentou que às cinco da manhã já saem lotados os ônibus, e que essas inovações devem vir para beneficiar, mas que primeiro precisamos observar dentro da cidade que não está preparada para a novidade.
A vereadora Suzane Duarte Almada para complementar as questões já mencionadas e informou que estavam previstas duas estações, no bairro e na Sede, e que a ultima não aconteceu por falta de local apropriado e é utilizada a Estação São Gabriel. A respeito do terminal Cristina, questiona quais linhas e o que vai acontecer para o trânsito, que antes do terminal funcionar já é péssimo, se a Rua Alvorada vai continuar mão dupla, e se a população vai ter mais dificuldades em relação ao trânsito.

O Vereador Sandro Coelho quer também saber como será o deslocamento até o terminal provisório, o Vereador Márcio Adriano disse que não há uma avenida sendo alargadas, e que se não houver investimento em infraestrutura a cidade vai ter “imobilidade urbana”.

Ailton Gomes, Vereador Ailton da Associação, falou sobre o Bairro Bom Destino, que não tem ônibus à noite, pouco ônibus urbano e com passagem alta (R$ 3,00) e a respeito da linha 4380 denunciou que horários foram suprimidos e a demanda é grande. Este vereador espera apoio da Prefeitura para abertura da “caixa-preta do Grupo Rodap”.
O representante do Governo do Estado, Giovani de Sá, especialista em transporte e trânsito, falou sobre o projeto de dois terminais nesta cidade, da opção para apenas um, e do terminal provisório, que inicia sua operação em um mês, quando também iniciam as obras do terminal definitivo, que ficam prontas em um ano. A respeito das linhas para a região hospitalar, paradoras e diretas, e a questão do entorno do terminal, onde serão refeitas vias, Sá acredita que se estará “transformando o local num ambiente que as famílias possam frequentar”. A comunidade participou ainda do debate, encaminhando perguntas que foram respondidas também por Assis Eustáquio da Silva e Valmir Antônio Venâncio, chefe de fiscalização do DER.

 

*Carlos Dias

 

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