ESCRITOR LUZIENSE ESTARÁ NA BIENAL DO LIVRO, EM SÃO PAULO

Aos 9 anos, ele começou a escrever sua própria história, inspirado pelas inúmeras aventuras que conhecia

 

O Dia Nacional do Escritor (25/7) está chegando e, como aquecimento para esta data tão importante na história do Brasil, entramos em contato com Pedro Freitas, escritor luziense, que conta como foi o seu processo com a profissão.

Foi no bairro São Benedito que Pedro H. Freitas cresceu e viveu durante toda a sua vida. Por volta dos seus 6 ou 7 anos, uma bibliotecária chamada Maria José que trabalhava na Escola Municipal Maria das Graças Teixeira Braga, onde ele estudava, apresentou-lhe o livro “O Casamento da Bruxa de Olinda”, dos autores Enric Larreula e Roser Capdevila. A partir daí, sua vida mudou: ele adentrou o mundo da literatura e passou a conhecer cada vez mais obras. Recorda-se de mergulhar em universos mágicos, como as obras clássicas de Harry Potter, da escritora J. K. Rowling, As Crônicas de Nárnia, do autor C. S. Lewis, e O Senhor dos Anéis, do escritor J. R. R. Tolkien, sentindo-se em um lugar seguro onde podia deixar sua imaginação livre.

Não é surpresa que, aos 9 anos, ele começou a escrever sua própria história, inspirado pelas inúmeras aventuras que conhecia. Assim, começou a desenvolver seu livro Aventuras de Layla e Fada Cecília, mas abandonou o projeto pouco tempo depois. Foi só na adolescência, ao encontrar um disquete com o esboço inicial da história, que retomou a escrita. A passagem do tempo foi benéfica; Freitas já havia estudado e aprimorado seus conhecimentos gramaticais para fazer jus ao conto. Ele pôde então abordar temas mais complexos, como igualdade de gênero e empoderamento feminino, trazendo lições importantes para o público infanto-juvenil.

Para o autor, o livro Aventuras de Layla e Fada Cecília é muito mais do que um conto infantil. Ele comenta: “Este livro é uma celebração à coragem e à resiliência, especialmente para jovens leitoras que merecem histórias onde protagonistas femininas são tão destemidas e capazes quanto seus colegas masculinos”. Ainda assim, ele não abandonou sua criança interior que começou a escrever, carregando as mesmas inspirações, como Roser Capdevila, Monteiro Lobato e J. K. Rowling.

Freitas trabalha como gerente administrativo e está cursando graduação em Letras na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mas demonstra interesse em focar totalmente no ramo da escrita no futuro. Esse caminho tem seus desafios, já que, de acordo com ele, ser escritor no Brasil é muito complicado.

“Ser escritor no Brasil é uma jornada emocionante e desafiadora. A diversidade cultural e literária é inspiradora, mas competir por visibilidade no mercado editorial pode ser difícil. Enfrentar esses desafios me ensinou a valorizar cada conquista e a persistir com criatividade e determinação”, conta Freitas.

Com as dificuldades de acesso ao mercado editorial, que dominam o cenário e acabam se concentrando nos grandes centros urbanos, o autor escolheu publicar sua obra de maneira independente através da plataforma UICLAP. Esse é um caminho inevitável para muitos autores iniciantes que se enxergam sem auxílio e sem meios acessíveis para trazerem suas obras a público. Por isso, o Dia Nacional do Escritor é uma ótima data para refletir sobre o incentivo à cultura e à arte na cidade, para que mais pessoas como Pedro H. Freitas possam explorar por completo os seus potenciais.

O escritor luziense estará presente na 27° bienal do livro de São Paulo, do dia 06 a 15 de setembro deste ano.

Por Eliade Lisboa

Com supervisão de Ramon Damásio

 

Fotos: Divulgação/Arquivo Pessoal

 

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