Noite Social do Coral Mater Eccleasie

Evento reuniu centenas de famílias no espaço Guiné Music Hall, no Kennedy

Uma noite de sábado em família. Entre uma rodada e outra do bingo, os participantes da Noite Social, ainda puderam saborear deliciosos salgados, espetinhos e bebidas geladíssimas. A expectativa girava em torno da última prenda: R$ 1 mil em dinheiro. “Estou gostando muito. Um evento familiar com tudo de bom. A gente se diverte, toma uma geladinha e ainda testa a sorte no bingo”, disse dona Maria Silva, que estava acompanhada dos filhos.

O evento foi mais uma realização do Coral Mater Eccleasiae, que ao longo deste ano promoveu várias ações para angariar fundos visando a manutenção do coral, fundado há 21 anos por Padre Januário. De acordo com o presidente do coral, Otávio Bretas, 2016 foi um ano atípico. Por conta disso, realizaram diversos eventos para custear o coral. “Esse ano a gente não conseguiu verba para a área artística do coral. Temos um custo mensal, em torno de R$ 6 mil. Então, com o apoio das famílias dos meninos que participam do coral, realizamos vários eventos como esse para manutenção do coral”, explicou Bretas, que foi convidado para produzir o primeiro CD dos meninos cantores, logo no início do projeto, se identificou com a causa, e de lá pra cá, exerceu várias funções, até chegar à presidência. Ele aproveitou para agradecer o apoio de todos os envolvidos nos eventos. ” A gente agradece principalmente aos pais, aos amigos do coral, nossa equipe da coordenadoria, e toda a população que compareceu em nossos eventos, ao longo deste ano”, disse.

 

AMIGOS DO CORAL

Paralelamente aos eventos realizados, o coral lançou a campanha “Amigos do Coral”, onde as pessoas contribuem com valores e períodos estipulados por elas. Após preencher um formulário, o contribuinte passa a fazer parte da campanha. “Geralmente a maioria faz depósito em conta-corrente, mas alguns vão até à nossa sede – que fica na rua Floriano Peixoto, 409 – para deixar as contribuições e recebem o recibo que emitimos na hora”, disse.

CONGRESSO INTERNACIONAL

O Coral está inscrito para participar do 1o. Congresso Mundial em 2017 no Rio de Janeiro. O evento irá reunir cerca duas mil crianças de todo o mundo que irão se apresentar em diversos locais no Rio, como no Morro de Santa Marta e Teatro Municipal. Otávio lembra que as empresas podem patrocinar o coral para este evento, através de contribuição, já que cada integrante do coral terá de pagar sua inscrição, no valor de R$ 140.

O coral aguarda também a aprovação de projeto através do Fundo Estadual de Cultura – para manutenção em 2017.

SOBRE O CORAL

Fundado em 1995, por Padre Januário, o Coral Mater Ecclesiae é um coral polifônico, com quatro tipos de vozes, divididas em: sopranos, contraltos, tenores e baixos. O coral é composto por 45 meninos titulares, a partir dos sete anos de idade (atualmente tem 53) além de dois maestros. Os convites para a comunidade participar são feitos durante missas, eventos e em escolas, como explicou Otávio Bretas. “Esse ano tivemos uma surpresa, estamos com número excedente de meninos no coral, raramente acontece isso. É bom porque existe uma competitividade. É um coral que trabalha não só com a cultura com a música, mas tem esse trabalho sócio-educativo. Temos relatos de pais e de professores de que quando os meninos entram no coral, mudam o comportamento. Eles ainda recebem apoio de psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos e reforço escolar. A questão da concentração ajuda muito na escola”, explicou.

ROTATIVIDADE

Segundo Bretas, a intenção é colocar o máximo de meninos possível. “Geralmente o menino entra e fica de seis meses a um ano para ingressar definitivamente no coral. Como é um coral de meninos cantores e eles vão mudando de voz, automaticamente os mais velhos vão saindo e os mais novos vão mudando de voz  e a gente tem que sempre repor”, ressaltou.

ENSAIOS

Os meninos ensaiam três vezes por semana, durante uma hora e meia, na sede do coral. São ensaios em separado, por tipos de voz e dois ensaios geral, comandado pelo Maestro Cléber de Castro. “O maestro é muito exigente e a questão da concentração reflete diretamente na escola, isso desenvolve uma coisa cognitiva, através da música”, ressaltou Otávio.