Dnit e Inmetro aferem radares no Anel Rodoviário

Três radares fixos do Anel Rodoviário, a via mais movimentada de Belo Horizonte e palco constante de terríveis acidentes, foram aferidos, domingo, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Os dois órgãos vistoriaram o funcionamento das lombadas eletrônicas localizadas na altura do Km 14, próximo à Avenida Pedro II; do Km 15, perto do Bairro Caiçara; e do Km 26, no Bairro Goiânia. A operação deixou o trânsito lento nos locais durante o período da manhã.

Aproveitando a redução no fluxo de veículos na via aos domingos e contando com apoio da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), técnicos usaram um tacômetro (registrador instantâneo e inalterável de velocidade) instalado num automóvel para fazer as medições e adequações necessárias. O carro cruza cinco vezes cada uma das três faixas do Anel Rodoviário para calibrar o radar. O Dnit trabalha com margem de erro considerada aceitável de cinco quilômetros por hora para mais ou para menos.

As multas emitidas pela polícia só registram motoristas que trafegam 10% acima da velocidade limite da via. Na prática, no Anel Rodoviário somente quem ultrapassa os 77km/h é flagrado. No caso de a velocidade ter sido superior ao limite, uma luz amarela acende num pequeno semáforo instalado na lombada e é emitida uma sirene. A multa por ultrapassar a velocidade permitida no Anel é de R$ 574,61.

Reativados

Todos os radares das estradas federais de Minas ficaram desligados por mais de dois anos, mas um contrato emergencial assinado pelo Dnit com a empresa Data Traffic, em novembro do ano passado, permitiu a reativação de alguns aparelhos. Atualmente, 10 equipamentos de controle fixos monitoram a velocidade ao longo dos 26,5 quilômetros do Anel Rodoviário, além dos radares móveis. A via, com fluxo médio de 100 mil veículos por dia, foi alvo, em setembro de 2009, de um decreto de calamidade pública por parte da Prefeitura de Belo Horizonte.

O decreto foi proposto em decorrência de um grave acidente em setembro de 2009, quando seis pessoas morreram e cinco ficaram feridas num acidente envolvendo 13 veículos. Na descida do Bairro Betânia, sentido Rio-Vitória, o caminhão perdeu o freio e desceu desgovernado, arrastando os veículos que estavam a frente. Até a data do acidente, 17 pessoas haviam morrido em acidentes no Anel Rodoviário e, sem ações significativas do poder público, o ano encerrou-se com 30 mortes, superando o total de 2008, quando a Polícia Militar Rodoviária registrou 29 mortes.

Este ano, várias outras tragédias já foram registradas no local. Na última semana, uma batida envolvendo 16 veículos deixou cinco feridos, entre elas um bebê de 1 ano. No sábado, um homem morreu na via depois de perder o controle da direção do carro e bater na mureta de proteção. Logo depois da colisão, o carro dele foi atingido na traseira por outro veículo que não conseguiu desviar a tempo.

Técnico do Inmetro faz aferição em radar no Anel Rodoviário

* (COM PORTAL UAI)

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