OPERAÇÃO CANIÇO – 13 PRESOS E BLOQUEIO DE R$ 16 MILHÕES
Treze prisões efetuadas; apreensão de cinco veículos, uma lancha e R$ 19,9 mil em dinheiro; bloqueio de R$ 16 milhões, 29 contas bancárias e três imóveis. Com esse resultado, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) finalizou a operação Caniço, deflagrada nesta terça-feira (18/11), em repressão à criminalidade organizada, em Santa Luzia. A ação policial, coordenada pelo Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), mirou três grupos com atuação no bairro Palmital, investigados por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, organização criminosa e crimes correlatos. Dos presos na operação, nove foram localizados na RMBH, um em Congonhas, outro em Curitiba, no estado do Paraná, e dois já estavam no sistema prisional, tendo assim seus novos mandados formalizados.
INVESTIGAÇÃO
As apurações começaram em agosto de 2024, a partir de imagens de indivíduos ostentando armas durante uma festa na localidade. Com a análise do material divulgado em redes sociais, os investigadores identificaram participantes do evento, entre eles suspeitos de envolvimento no tráfico de drogas e líderes de grupos criminosos locais. Os levantamentos proporcionaram um diagnóstico da hierarquia criminosa e da dinâmica de dominação territorial – marcada por disputa pelo controle de pontos de comércio de entorpecentes e consequentemente conflitos entre facções rivais. A investigação também revelou sofisticado esquema de lavagem de capitais operado por pessoas e empresas vinculadas a uma das organizações criminosas, responsável por ocultar recursos provenientes do tráfico internacional de cocaína. Conforme apurado, a droga era transportada em contêineres e dissimulada no seachest — compartimento submerso do casco de navios — durante operações portuárias, demonstrando a complexidade logística empregada pelo grupo. O trabalho investigativo foi conduzido pela 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco/Deoesp).
O QUE DISSERAM AS DEFESAS
Em contato com a nossa reportagem, os advogados dos acusados informaram que ainda não tiveram acesso ao processo.

Fotos: Divulgação/ PCMG

