MUNICÍPIO ABRE RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS

Os portadores de sofrimento mental, que perderam vínculos social e familiar, estão sendo remanejados de instituições irregulares para as residências terapêuticas. Trata-se de casas, locais de moradia para pessoas que não têm condições de retornar às suas famílias. 

 Em Santa Luzia, duas dessas residências já estão em funcionamento, desde outubro de 2009. Uma no Bairro São Geraldo e outra no Camelos e já contam com 28 moradores. A abertura das residências terapêuticas se deu por conta de liminar judicial em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público de Minas Gerais. “Cumprimos uma Liminar Judicial, cujo processo se deu em 2003, que obriga o fechamento de instituições irregulares”, afirma a diretora municipal de saúde mental, Maria do Carmo Tófani. 

 Ainda de acordo com a diretora, o local oferece toda a estrutura visando a reinscerção social dos moradores e ampliação do seu espaço vital, que tenham uma vida normal. “Lá as pessoas serão responsáveis por gerir todo o processo de um lar, como o pagamento de contas, higienização da casa, além de fazer a comida, arrumar a casa”. 

 Todos os residentes são referenciados pelo CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Caso algum morador apresentar sinais de crise, automaticamente será encaminhado ao CAPS. Depois de feito tratamento, ele retornará para a residência terapêutica. 

 As duas residências terapêuticas, já em funcionamento, contam com uma equipe de 9 pessoas, entre, coordenadores, cuidadores, terapeutas ocupacionais e psicólogos. “Cada casa possui dois cuidadores que orientam os residentes, estimulando-s a fazerem o que foi combinado. A proposta é que as pessoas que ali estão tenham condições de realizarem sozinhas as atividades de todo cidadão normal”, disse o terapeuta ocupacional e integrante da equipe técnica, Giulianus Souza. 

 O terapeuta informou também que a equipe técnica fará uma reunião com os ocupantes da casa, a fim de verificar se o funcionamento está sendo feito de maneira correta, caso contrário tentará encontrar uma solução conjunta. 

 Na ocasião a diretora Maria do Carmo Tófani ressaltou a importância da saúde mental para o município de Santa Luzia. “Somos referência no Estado de Minas Gerais. A cidade é a única do entorno De Belo Horizonte que tem um CAPS adulto funcionando 24 horas. Além disso temos seis leitos de atenção integral no Hospital de São João de Deus, com cobertura noturna, para atender crianças e adolescentes portadoras de deficiência mental. Temos ainda a rede protetora da infância e a saúde mental na atenção básica (PSF)”. 

 Tófani fez questão de frisar também que, graças a saúde mental a internação psiquiátrica reduziu muito de setembro do ano passado até hoje e que o Prefeito Gilberto Dorneles não mede esforços para investir na saúde mental do município. “Só no ano passado, o prefeito investiu 70% do custo total do funcionamento da rede de saúde mental com recursos exclusivos do município”. 

 Sobre as residências terapêuticas, a diretora finaliza informando que mais duas casas começarão a funcionar a partir de abril. 

Maria do Carmo Tófani
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