Guardas municipais reúnem com prefeito e saem revoltados

Calixto disse que não pode fazer nada pela Guarda Municipal

GM`S estão revoltados com descaso do prefeito

 

Na última segunda-feira (15) os Guardas Municipais (GM) fizeram uma pequena paralização em frente ao Centro Administrativo. Eles exigiam uma reunião com o chefe do executivo, mas não foram recebidos, já que segundo um assessor, Calixto estava em Brasília. Posteriormente, os Guardas presentes elegeram uma comissão de cinco GM’s para representar toda a categoria frente ao Prefeito.

Na última sexta-feira (19) onde os Guardas Municipais estiveram reunidos com o prefeito Carlos Calixto, o Diretor de segurança Dr. Islande Batista, e o presidente da OAB Santa Luzia Francisco Massara Gabrich. Na entrada para a reunião o clima esquentou, quando o presidente do sindicato dos Guardas Municipais, Pedro Bueno tentou adentrar a reunião e foi impedido pelo superintendente de segurança pública do município, Inspetor Mário. Os dois trocaram agressões verbais e até físicas, sendo contidos pelos Guardas presentes.

Passada a turbulência, a reunião teve inicio e a comissão eleita entregou ao chefe do executivo uma pauta de reivindicações assinada por 90% dos guardas. Dentre as reivindicações estão: Plano de carreira com promoções verticais e horizontais, a confecção de cédula de identidade funcional, valorização profissional através de um salário digno e compatível com a categoria profissional, dissídio coletivo anual, equipamentos de proteção individual (coletes, taser, lanternas, sprays de pimenta), treinamento contínuo para o aperfeiçoamento e aprendizagem de todo o efetivo, novo concurso público para o aumento do efetivo, viaturas em boas condições para que o trabalho possa ser prestado com segurança e qualidade, uma rede de comunicação interna (rádios) e externa através do telefone 153, e a regularização do pagamento de adicional de periculosidade, cujo o valor é pago ilegalmente usando como base o salário mínimo e não o vencimento do empregado como determina a lei.

Segundo um GM o prefeito disse :“neste momento não posso fazer nada por vocês” . Calixto se justificou alegando que se não pode dar para outros setores da prefeitura, também não dará para a Guarda. Quando questionado sobre a ilegalidade do pagamento do adicional de periculosidade, o prefeito disse que “às vezes é melhor ser moral mesmo sendo ilegal”.

“O engraçado é que as justificativas usadas por ele não se comprovam quando as coisas acontecem de forma contrária, pois o setor de Postura da prefeitura vai receber essa semana três pick-ups novas e todas plotadas. Carro pra Postura tem, mas pra Guarda não”, desabafou um integrante da guarda.

O prefeito disse ainda que pretende realizar um seminário com todos os Guardas para discutirem melhorias para a instituição, mas não estipulou uma data precisa e enfatizou que as mudanças que envolvam finanças virão de forma coletiva para todo funcionalismo municipal.

Ao fim da reunião os membros da comissão informaram aos quase 50 Guardas que aguardavam do lado de fora as decisões tomadas na reunião. Ao serem informados da resposta negativa do prefeito, os sentimentos foram múltiplos. Alguns pareciam revoltados, outros totalmente desanimados e desmotivados, teve guarda que não conteve as lágrimas e desabafou: “o prefeito não nos respeita!”

Nos próximos dias os Guardas farão uma assembleia geral para definir o futuro da categoria sem que ocorra quebra de hierarquia (proposto pelo prefeito) dentre outros assuntos que terão urgência.

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